Piotr Smirnov nasceu em 1831, numa aldeia chamada Kayurovo, localizada a cerca de 270 quilômetros ao norte de Moscou, Rússia. Seus pais eram pobres, mal sabiam ler e, o mais importante, eram servos e faziam parte da subclasse legalmente prisioneira (eram essencialmente escravos). Pertenciam aos donos das terras em que viviam e trabalhavam. Tudo que ganhavam era dividido com os seus “senhores”, que tinham controle sobre o que faziam, aonde iam e como sobreviviam.
Mesmo que quisesse, Piotr não poderia ir à escola, porque não havia nenhuma em sua aldeia. No entanto, diferentemente dos conformados com a funesta vida ditada pelo “destino”, o pobre jovem parecia ser do tipo que devorava o ambiente que o cercava, transformando eventos e detalhes aparentemente irrelevantes em encontros determinantes para a sua a vida. Quando menino, Piotr trabalhou não só lavando louça e limpando o chão como também servindo as mesas e cuidando do bar que seu tio Grigori, também servo, administrava na cidade de Uglich. Àquela altura, o jovem russo percebeu que Grigori tinha a confiança dos seus patrões e sabia que mais cedo ou mais tarde seu tio teria dinheiro suficiente para comprar a liberdade. Foi o que aconteceu: Grigori tornou-se um homem de negócios bem-sucedido e admirado em sua comunidade e o jovem Smirnov também desejou aquilo para si.
Observando que o mero ato de beber trazia um prazer raro na vida de um camponês russo, Piotr percebeu que a bebida significava dinheiro (um bom dinheiro), aliás, foram os bares, as estalagens e os negócios relacionados ao vinho que possibilitaram a libertação de seu tio. Foi assim que o jovem nada conformado com a vida que a maioria dos seus entes próximos levava chegou a um dos produtos que mais movimentava a economia do seu país: a vodca (cujo nome vem de “voda” e significa “água” em russo). Caso queira saber mais, sugiro que você leia o livro “O Rei da Vodca”, que conta a história de uma das marcas de bebidas mais conhecidas do mundo.
Sinceramente, eu não vivo no padrão do que a sociedade define como “alto” (não mesmo!), mas acredite: eu já estive bem pior! É um direito seu viver ser feliz com os resultados que tem colhido no âmbito pessoal, profissional e financeiro, mas também é salutar não levar tudo tão na boa e assim, trabalhar para sempre obter o melhor. Mesmo que saiba que o seu destino não está todo em suas mãos, é essencial agir como se estivesse, pois você não está mais na Idade Média onde existe uma “autoridade” para dizer que você está “condenado” a viver de tal forma a vida inteira. Naquele tempo as pessoas não dispunham de informação na mesma proporção que temos hoje e cada vez mais nascem novas oportunidades para que você possa converter aquilo que absorve em conhecimento e, consequentemente, em ações que têm o poder de provocar expressivas realizações para si.
As pessoas aprenderam cegamente que viver sorrindo é o melhor remédio. Nem sempre. Chega uma hora em que você precisa levar as coisas mais a sério para que possa se concentrar e estudar as atitudes mais sensatas para promover uma real mudança sua vida, de preferência as de caráter positivo. Outro equívoco é confundir ambição com ganância: a primeira é saudável e o impulsiona para a sua realização pessoal de forma ética e legal, a outra presume que você é capaz de passar por cima de quem for de forma ilícita e desonesta para alcançar o que almeja, o que sem dúvida pode trazer consequências nada boas para o trapaceiro a longo prazo.
Se você está satisfeito com a situação em que se encontra, ótimo. Se não está, comece a observar agora as oportunidades que estão ao seu redor. São elas que vão promover uma verdadeira revolução na sua vida.
Bom, qualquer coisa, tô por aqui. Se beber não dirija! Tim tim!
Faça, que acontece!