Na minha humilde experiência, um dos caminhos criativos mais utilizados pelos empreendedores incipientes na hora de divulgar os seus produtos é enfatizar o bom atendimento, o ambiente climatizado, o menor preço e a melhor qualidade.
Agindo dessa forma, não é raro (principalmente naqueles mais conservadores) ocorrer uma espécie de incredulidade, no que diz respeito à importância de se fazer propaganda em quaisquer que sejam as mídias, sejam elas impressas, auditivas, televisivas ou virtuais. Ora, se diariamente já somos bombardeados por todos os lados por anúncios publicitários, por que será que esse empreendedor acredita que só o simples fato de aparecer em um veículo de comunicação específico vai garantir o retorno sobre seu invest
Claro que o ato de anunciar está diretamente ligado ao propósito de querer gerar lucro, salvo se a comunicação tiver cunho meramente institucional ou informativo, porém antes de apostar em propaganda, penso que a primeira atitude comportamental a ser tomada é não depender do dinheiro investido. Assim, o retorno obtido será apenas consequência de uma escolha sem culpas e não necessariamente de um dispendioso esforço financeiro.
Em segundo lugar, paradoxalmente falando, é fundamental reunir todos os esforços para desenvolver uma comunicação que estimule a emoção do seu público-alvo a se comportar favoravelmente ao seu produto para assim, ampliar as possibilidades de retorno sobre sua ação. Nesse caso, recursos linguísticos como sonoridade, formato, cor e todo o conjunto de sinais verbais e não-verbais impregnados à sua mensagem tenderão a criar estímulos sensoriais sobre o inconsciente do seu possível comprador através da associação de ideias que despertem ou estimulem ainda mais a necessidade, o desejo ou a carência dele em relação ao que você tem a oferecer.
A grosso modo, se seu intuito com a publicidade é gerar venda, você deve trabalhar o lado emocional do seu público e não apenas o racional. Seu comprador não quer o seu produto em si, ele quer adquirir benefícios, ele precisa perceber a vantagem de comprar de você! Portanto, ao fazer propaganda, não adianta você usar conceitos manjados e ultrapassados que já viraram clichês e caíram no lugar-comum, na certa você será só mais um disputando atenção do seu consumidor (lembre-se que você também é consumidor e também tem tendência a rejeitar propaganda!). Não ofereça produtos, ofereça benefícios, crie um diferencial ou trate de encontrar um, pois é ele que vai fazer a diferença na hora de seu cliente optar por você.
O custo com publicidade pode implicar em custos relativamente altos, principalmente para o empresário inexperiente. Logo, é de fundamental importância que ele conheça, não só os seus pontos fortes, mas também as suas dificuldades, de modo que o positivo possa ser cada vez mais potencializado e o outro seja, pelo menos, amenizado. Por isso é importante ter a ciência de mostrar o seu diferencial de forma criativa, principalmente quando você for divulgar o seu “peixe” nos meios de comunicação de massa. Num mercado cada vez mais homogêneo você não pode esperar que seu público o perceba como diferente se você faz questão de ser tão igual. Portanto, deixo aqui a minha dica em forma de música: ado… aado – pense fora do quadrado!
Faça, que acontece!