A dieta da informação

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“Aprender a ignorar coisas é um dos grandes caminhos para a paz interior” – esse pensamento de Robert J. Sawyer me fez pensar sobre o quanto nos sobrecarregamos com coisas desnecessárias. Lembro do meu primeiro dia de aula: fui deixado por meus pais num prédio (que mais tarde eu chamaria de escola) para aprender coisas novas, me distrair com as brincadeiras das “tias”, me enturmar com outros coleguinhas, etc. Aquilo me tirava da zona de conforto que eu tinha na minha casa e me colocava numa zona de confronto: eu não achava que estava aprendendo algo que de fato fosse útil, mas me condicionando ao ato de me sentar, me acomodar e obedecer: ponto!

Claro que uma criança de 5 anos de idade não tem a devida consciência para saber o que é bom e ruim, certo e errado, no entanto, aquela nova realidade se alastrou pelos anos seguintes, até eu concluir o segundo grau (hoje Ensino Médio) e chegar ao Ensino Superior. Não há como negar que nesse interim consegui aprender muita coisa (embora algumas tenham sido empurradas goela abaixo), porém o número das que nada contribuíram para o meu desenvolvimento foi bem maior.

É evidente que (conforme explanei no artigo Menos é Mais) muitas vezes não sabemos o que queremos até aparecer alguém para nos mostrar aquilo que queremos, no entanto, não é difícil permitirmos que informações desnecessárias, irrelevantes, negativas e fora do nosso âmbito de influência ocupem nosso tempo e energia, prejudicando a nossa produtividade e bem-estar. Se por um lado você tem/tinha a “obrigação” de ir ao colégio/academia para aprender coisas “desnecessárias”, por outro é fundamental que você passe, a partir de agora, a filtrar melhor as informações que chegam a você.

Afaste-se de notícias e pessoas pessimistas, a não ser que realmente seja uma forma de se prevenir de uma possível ameaça contra você; dedique-se ao que lhe traz resultados positivos: é isso que contribui para a sua evolução pessoal/profissional e torna o mundo melhor; pergunte a você mesmo se tal informação é realmente importante para a sua vida: se não for, provavelmente você vai esquecê-la antes da chance de poder aplica-la; pare de fazer o que for chato, a não ser que seu chefe mande você terminar: interromper o que é improdutivo é infinitamente melhor do que terminar uma coisa inútil e essa é uma objeção àquele famoso ditado “não desista nunca” (sim: desistir também pode ser uma atitude inteligente!); não compre jornal: para se manter informado de forma rápida, aproveite quando passar por uma banca e leia somente as matérias de capa, é lá que constam as notícias mais relevantes; use as pessoas bem-informadas que são de sua confiança: pelo fato de elas dominarem determinado assunto, elas podem sintetizar de forma bem mais rápida uma notícia que você levaria minutos (ou dias) para ler, assistir ou ouvir nos portais de notícia e isso pode ser resolvido com uma simples e agradável conversa.

Se você está lendo este artigo até aqui por achar que ele tem o poder de lhe trazer algum resultado positivo, deixo registrada a minha profunda gratidão. Agora dá licença que vou sair para fazer uma das coisas que mais me dá prazer: tocar violão. Você gostaria de pedir alguma música?
Faça, que acontece!

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