Mitos sobre o mercado de trabalho
Alguns conselhos e valores que aprendemos quando crianças são válidos para nos ajudar na integração com a sociedade, para nos prevenir do perigo, para aprendermos um ofício, etc. Mas, no que se refere ao âmbito profissional, alguns conceitos estão caindo em desuso ou simplesmente já se tornaram obsoletos. Confira esta lista de 6 tópicos que impedem algumas pessoas (dentre as quais um dia eu já me inclui) de trabalhar e começar a lucrar no mercado de trabalho.
1 – ESTUDE PARA TIRAR BOAS NOTAS
Além de em muitos caso economizar dinheiro (transporte, alimentação, material didático, etc.), você consegue otimizar seu tempo para, por exemplo, passar para a próxima fase de um curso que esteja fazendo, evitando a necessidade de ficar “pendente” em tal matéria. Fora isso, estará exercitando seu cérebro a processar as informações de modo mais produtivo, o que garante um aprendizado mais efetivo sobre determinado assunto. O problema é que no mundo real a concorrência se dá além das notas que você tirou, pois, em muitos casos, você deverá comprovar a sua “competência” por meio da qualidade do seu relacionamento interpessoal com colegas de trabalho, clientes e todo o conjunto de indivíduos que compõem o staff da empresa/organização que você pretende trabalhar, desde as tarefas mais rotineiras até as que por um motivo ou outro requeiram a resolução de conflitos. E isso, definitivamente, não pode ser mensurado apenas pelo histórico do seu boletim.
2 – TENHA UM EMPREGO FIXO
Na vida adulta não é raro ouvir indivíduos que vivem estressados porque não suportam mais acordar cedo, fazer o mesmo trajeto, olhar para as mesmas pessoas, fazer as mesmas atividades, receber o mesmo salário, etc. Mesmo que você seja concursado, mais cedo ou mais tarde (provavelmente entre os 6 e 12 meses de trabalho), você se verá na necessidade de mudar de emprego, isso se você já não estiver estudando para o próximo certame. O problema é que quando conseguir o “novo emprego”, você entrará mais uma vez no ciclo vicioso e pagará mais uma vez pelo preço da estabilidade, a não ser que, de fato, você ame de paixão o seu ofício.
3 – TRABALHE NUMA EMPRESA
Os pais dos pais dos nossos pais aprenderam lá na época Revolução Industrial que eles tinham que trabalhar em uma empresa, pois o trabalho manufaturado não garantia mais nenhum lucro que assegurasse sequer a subsistência da família, e isso foi repassado de geração a geração, de modo que essa ideia de ser empregado chegou até os dias de hoje. Ora, estamos no século XXI. Graças a internet você pode trabalhar de sua própria casa (ou do próprio celular), inclusive para o seu (ex) patrão, dependendo do ramo de atividade que você elegeu para atuar, tornando praticamente desnecessária a sua presença física na empresa dele, o que gera um maior grau de satisfação para você (por ter maior liberdade e flexibilidade) e para ele (na redução de custos operacionais).
4 – ESCOLHA UMA PROFISSÃO QUE DÁ DINHEIRO
Quando falei do ciclo vicioso do “novo emprego”, confesso que me direcionei aos que não fazem o que gostam. Se você se enquadra nesse perfil, sugiro que comece a observar melhor os seus talentos, pois são com eles que você vai poder ajudar outras pessoas e lucrar honestamente com elas. Veja o exemplo de pessoas como Silvio Santos, Ronaldo Fenômeno, Anderson Silva, Mark Zuckerberg, Bill Gates, Steve Jobs, etc. Será que eles escolheram uma profissão tradicional? Tenho lá minhas dúvidas.
Ao invés de escolher uma profissão, estude, se capacite, seja bom em um ramo desenvolva sua percepção para servir pessoas que precisam do seu talento. Elas estão dispostas a pagar por ele, não importa qual ele seja.
P.S: esse é o “pulo do gato” que nem mesmo a faculdade vai ensinar a você.
5 – PEÇA AJUDA
Não que você deva ser orgulhoso, mas um dos maiores erros de quem está atrás de trabalho é se colocar no papel de vítima e pedir ajuda para fazer “qualquer coisa”, seja para amigos, em empresas de RH, no comércio em geral, etc. Pare com isso!
Volto a enfatizar: você com certeza tem talento para fazer alguma coisa (qualquer coisa!) e pode fazer uso dessa coisa para ajudar outras pessoas. E lucrar ho-nes-ta-men-te com elas!
Apesar de parecer óbvio, você pode muito mais oferecendo ajuda do que pedindo. Não peça favor, não mendigue caridade, não suplique nada a ninguém , as pessoas lá fora (salvo raríssimas exceções) são egoístas e só pensam em si! Ao invés de pedir ajuda a elas, ofereça você a sua ajuda, o seu serviço, o seu talento. Se elas recusarem, não se preocupe: elas não fazem parte do seu público-alvo, no entanto, com o passar do tempo, você vai começar a ser visto como a pessoa certa para “aquilo” e quando você menos esperar, elas vão procurar por você…para pedir a sua ajuda…e recompensá-lo por isso.
Portanto, não peça favor – ofereça ajuda! Estude e aprimore o seu talento, não para trabalhar necessariamente para um único patrão ou empresa, mas ajudar e servir várias pessoas! Aliás, uma empresa é feita nada mais nada menos do que pessoas, certo?
6 – SEJA EXTROVERTIDO
É muito comum vermos, tanto nos Classificados como nos conselhos dos grandes especialistas em RH, que “as empresas querem” profissionais de fácil relacionamento, que sejam carismáticos, comunicativos, com espírito de liderança, etc.
Até aí tudo bem, afinal elas precisam vender e certas características de personalidade, principalmente as que exigem um contato maior com o público, realmente exigem tais requisitos.
O problema é que esse ideal de extroversão é um tanto excludente para aqueles que por um motivo ou outro têm um perfil diferenciado por serem introvertidos, gerando assim uma certa frustração por não se enquadrarem nos “padrões adequados”.
Se por um lado “as empresas querem” profissionais com todo o perfil extrovertido de ser, você não precisa de empresas para trabalhar. Precisa apenas de pessoas para servir (essa é a diferença). Talvez o que você precise deixar de ser é orgulhoso e começar a trabalhar, mesmo que sozinho.
Converse com seus familiares e amigos, fale a eles sobre seus talentos e mostre que você realmente é útil e competente em um determinado tipo de atividade (não importa qual ela seja). Com o passar do tempo, você vai se tornar referência naquilo que faz, vai montar a sua carteira de clientes e não vai causar espanto se você precisar de ajudantes (com o tal perfil extrovertido) para auxiliá-lo na venda dos seus produtos e/ou serviços, afinal nessa hora, você possivelmente já vai estar sendo um empresário.
Portanto, mexa-se e mãos à obra!
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